segunda-feira, 30 de junho de 2008
MONARQUIA vs REPUBLICA
Sinceramente acho que a decisão não é óbvia nem simples e também não acho que voltarmos à Monarquia fosse dar uma passo atrás na evolução como se a República fosse um sistema mais evoluído que a Monarquia. O ponto de maior relevância que é em simultâneo pro-república e contra-monárquico é de que não faz sentido existirem mandatos vitalícios em democracia e de que este poder não fica acessível a todos. Os pró-monárquia de que o rei é uma figura de coesão e verdadeiro símbolo nacional e não, de alguém que é um símbolo nacional apenas temporariamente e que foi o eleito ora pela Esquerda ora pela Direita para um lugar que deveria dar lugar à união e não à divisão.
Ambos os sistemas me parecem longe da perfeição pois de certa forma incomoda que algum papel importante na sociedade seja inacessível pelas pessoas comuns e que além disso, o símbolo de uma nação seja alguém que não necessita de encaixar num perfil de competências, mas sim num perfil hereditário. Por outro lado uma nação, principalmente como a nossa, em que culturalmente somos bombardeados por tudo o que há de lixo cultural europeu e americano, é necessário haver uma figura viva que nos relembre dos nossos valores comuns, identidade, história, que nos leve a valorizar o nosso país. De preferência alguém que não seja um mero símbolo desportivo e longe das pressões dos grandes grupos económicos. Alguém que pense verdadeiramente em Portugal como uma nação.
Acho que se tentarmos traduzir estes factos para uma expressão matemática veríamos que o resultado da mesma seria impossível de calcular e que provavelmente o ideal seria um sistema misto que não me apetece estar aqui a divagar. Talvez fique para um post futuro.
Há coisas que são certas, para aqueles que pensam que a Monarquia é um símbolo de fortuna, esbanjar de dinheiros do povo, luxo e ostentação há estudos, ou pelo menos consegui ler algumas referências aos mesmos, em como um português gasta 18 vezes mais no Presidente da República que os espanhóis no seu rei Juan Carlos.
Mais uma vez quero referir que não é minha intenção manifestar alguma tendência para qualquer um dos lados da balança, apenas lançar o “pânico” no leitor e deixá-lo a pensar que a escolha da República pode não ser assim tão óbvia que este n deve ser um tema dogmático. Sinceramente, em teoria o sistema Republicano parece-me ser o mais perto da perfeição e no entanto o sistema Monárquico parece-me ser o melhor na prática. Que dilema!?!? Na altura quando tive esta discussão quase que choquei algumas pessoas, espero agora, ter conseguido explicar o porquê de para mim não ser tão óbvio que o nosso modelo seja o melhor.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Energia
Tanta reforma, tanta mudança, tanto atrito, mas neste momento se há reforma necessária é a da energia. Uma reforma além do estado, das empresas públicas e privadas, dos transportes, da indústria, tem que ser uma reforma das mentalidades. É certo que os recursos petrolíferos estão no seu limite. Tanta gente inteligente, tanta inovação, tanta tecnologia, e como é possível que tudo o que temos dependa deste ouro negro. Como é possível que a sua presença ou ausência afecte tantos milhões de pessoas de todas as faixas sociais e etárias, da América até ao Japão? Se temos que começar a remediar então remediamos já tudo. Do ponto de vista da ciência há que aproveitar toda a energia solar, há que aproveitar qualquer queda de água, qualquer vento. Qualquer fonte de energia deve ser aproveitada e usar os combustíveis fósseis apenas para emergência ou "backup". Neste momento temos o inverso. Do ponto de vista da sociedade, do modo como vivemos, os descalabros são enormes. Estamos de luz acesa em dias de sol, por capricho ou porque os edifícios não são construídos para usar os recursos naturais de uma forma eficiente. Os mesmos edifícios, têm perdas de energia enormes que obrigam ao uso de aquecedores no inverno e ar condicionado no verão. Este tipo de remendos tem que acabar, para o bem da nossa energia, do nosso planeta e o nosso próprio bem. Na cidade onde moro, mais de metade das pessoas deslocam-se diariamente para o centro de Lisboa no seu carro particular, entupindo completamente os acessos à capital, poluindo o nosso ar e destruindo as nossas reservas naturais. Quantas destas necessitam mesmo de levar o carro particular? Quantos veículos não levam apenas uma pessoa e poluem de forma igual aos que levam 4 e 5?Não pode haver um reaproveitamento do deslocamento?
Por vezes pensamos que vamos viver cá para sempre, mas neste aspecto dá-nos sempre jeito pensar, "nessa altura já cá não estou!!"
Na forma como vejo o futuro energético, o governo teria que intervir nestes casos, impondo um pouco os valores energéticos aos cidadãos. Quem andar diariamente de carro particular terá que justificar a necessidade do seu uso, dando incentivos fiscais e financeiros para o uso dos transportes públicos tanto para os que usam os mesmos como para as empresas que fornecem os serviços. O uso do carro passaria a ser um último recurso e a cidade estaria repleta de bicicletas, transportes públicos e transportes movidos a energias não poluentes. Teria que passar a imagem que viver saudável não é só comer verduras mas também viver em harmonia com o nosso planeta.
Se superarmos este grande problema, talvez nos livremos desse grande lobby das petrolíferas e do seu domínio imperialista... mas não podemos entrar em euforias, porque a nossa água também já viu melhores dias.
Nessa altura já cá não estou!!
sexta-feira, 6 de junho de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
A Visão
Foi num jantar de amigos, este Sábado, que tudo começou a fazer sentido na minha mente, naturalmente após algumas imperiais e copos de sangria. Começo a achar cada vez mais que o álcool está para o meu cérebro como o óleo para um motor, é preciso ser lubrificado de vez em quando. O tema de conversa era possíveis negócios que nos podiam levar a enriquecer. Uns falavam em empresas de armações de ferro, outros em sociedades de restauração, outros em empresas de limpeza….enfim, mais do mesmo, até que uma molécula de álcool deve ter atingido em cheio um dos meus muitos neurónios e o pensamento começou a fluir como se de um rio se tratasse, sem qualquer tronco ou barragem para o deter.
Portugal precisa urgentemente de algo fantástico, algo que garanta a curto prazo o enriquecimento da população, o crescimento da indústria, o crescimento do investimento, a melhoria da qualidade de vida, descida dos impostos sobre bens essenciais, algo que faça as pessoas voltar a acreditar nelas próprias e a acreditar que com o seu trabalho vão certamente mudar a sua vida e a do país. À primeira vista, tal feito só parece possível se realmente descobrirem grandes jazigos de petróleo na nossa costa, ou algo semelhante fruto da sorte e do acaso. A minha visão é algo bem mais determinista e “fazível” do que descobrir petróleo. É algo que voltaria a por Portugal como uma referência de sucesso e perspicácia, em termos Mundiais.
É certo e sabido que se consomem drogas leves em Portugal. É certo e sabido que grande parte dos jovens consome ou já experimentou tais substâncias tal como é certo e sabido que no ultramar tivemos muitos militares que consumiram coisas semelhantes nas nossas antigas colónias. Deste modo há que admitir, as drogas leves existem, cada vez mais as pessoas as consomem e o combate ao consumo, tráfico e prevenção das mesmas é insuficiente e ineficaz.
Após uma propaganda intensiva com intenção de sensibilizar as pessoas para a necessidade de dar um novo rumo ao país, que deste modo vamos andar em altos e baixos, com altos cada vez menos altos e baixos cada vez mais baixos e promessas políticas irreais, seriam criadas as condições logísticas e administrativas para uma nova indústria, a das drogas leves, em forma de língua de gato.
Para quem lhe está a parecer absurda esta ideia, peço que leia só mais um pouco, e se continuar a achar o mesmo que apague este blog dos seus favoritos. A ideia geral seria produzir drogas leves e ter como imagem de marca a qualidade da mesma. A qualidade seria obtida pela qualidade dos solos e do clima dos nossos territórios mais interiores. O que daria um impulso à nossa agricultura e em simultâneo ao interior do país. Após processos de controlo de qualidade e distribuição com ajuda do desenvolvimento de software e melhoria da rede de acesso às grandes cidades do litoral, a droga chegaria às pessoas de todo o mundo que viriam de propósito ou de passagem, experimentar algo de verdadeira qualidade em sítios apropriados. Os cofres do estado encher-se-iam de impostos provenientes deste produto, libertando os “nativos” dos encargos pesadíssimos que têm hoje e a entrada de produtos semelhantes mas ilegais seriam arduamente combatidos, até porque passava a haver interesse do estado e dos privados que estes produtos se mantivessem fora da nação. Com a existência apenas de produtos legais e em sítios apropriados, o consumo seria apenas destinado aos maiores de idade, tendo estes já suficiente maturidade aos 18 anos se querem seguir uma vida de drogaditos ou não.
Parece um modelo em algumas coisas semelhantes ao Holandês, mas com algumas modificações e com uma clara intenção de mostrar ao mundo que vendemos droga de qualidade, de uma forma controlada e madura. Temos que aproveitar enquanto os restantes países mantêm este produto na ilegalidade e fecham os olhos ao seu crescente consumo e tornar-nos num país acolhedor de todos os que querem consumir estas substâncias de uma forma controlada e com qualidade reconhecida mundialmente. Não nos podemos esquecer que somos a porta da Europa, todo o turista que entraria na Europa teria como paragem obrigatória o nosso país.
Aqui está a minha contribuição patriótica, agora cabe aos governantes e aos portugueses perderem o preconceito e aceitarem a realidade, se querem sair desta fossa em que o país se encontra e criarem as condições necessárias à prosperidade desta cadeia de negócios.
A nova língua de gatoo passaria a ser uma imagem de marca e qualidade, tal como o vinho do Porto, reconhecida mundialmente.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Disse-lhe que Portugal ainda tinha muitos comunistas...
Naifa,mais um grupo nacional com boa música e uma vocalista....interessante.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Culto da depressão
Tem que haver o interesse de alguém ou de alguns que as pessoas se sintam tristes. Em tempos, quando as pessoas não tinham acesso à informação, da forma que nos é apresentada hoje, as pessoas apenas tinha conhecimento das tristezas e amarguras dos que os rodeavam. As doenças da vizinha, o que aconteceu com o Chico da Nora, o falecimento do avô da Joaquina da mercearia…Hoje em dia, somos bombardeados diariamente, vezes sem conta com notícias, de acidentes de avião em que morrem 200 pessoas, pedófilos que violam e saem impunes, ladrões de multibanco e bombas de gasolina, números diariamente actualizados de mortos nas estradas, políticos corruptos, jogos viciados, justiça que não funciona, políticos sedentos de poder, violência religiosa, pais que violam e espancam filhos e ainda colocam os netos/filhos em cativeiro….é realmente tudo muito nojento, angustiante e que mostra a natureza cruel e fria do ser humano. Não duvido da veracidade destas coisas, mas duvido dos motivos pelos quais esta informação é sempre apresentada de uma forma sensacionalista, repetitiva, por vezes quase que parece um massacre. Não acredito que ao visualizarmos e lermos imagens com grande carga negativa, dia após dia, hora após hora, as pessoas não se transformem numa espécie de zombies tristes e aborrecidos por viverem num mundo tão cruel. Estão em crescente os canais exclusivos de notícias cujo slogan é:”24 horas de horror, real”, pelo menos para estes é um negócio próspero.
Quem ganha com tanta “ruindade”?
As indústrias farmacêuticas de uma forma directa, vendem anti-depressivos. Os media prosperam cada vez mais. Os vendedores de álcool aumentam as suas vendas e exportações, tal como os vendedores de drogas, as pessoas do mundo do espectáculo, actores, músicos, futebolistas e outros atletas enriquecem. É natural que as pessoas tentem obter momentos de prazer e divertimento a todo o custo. A religião perde fiéis mas prospera financeiramente, porque cada vez mais há pessoas que acham que nem com um Deus isto lá vai, e os que acreditam, estão dispostos a dar todos os seus bens por um mundo que desconhecem mas no qual acreditam.
As pessoas cada vez andam mais tristes, pagam mais por qualquer divertimento e felicidade instantânea.
Desconheço a verdadeira fórmula da felicidade “eterna” e duvido que algum dia a encontre, mas nesta pequena teoria da conspiração estão certamente algumas das variáveis para a infelicidade de milhões de pessoas. Ou será a felicidade e alegria um jogo de forças, em que quando alguém tenta ser feliz, a outra parte descompensa e milhões ficam deprimidos?
Recuso-me a ver muitas das notícias negativistas que passam diariamente na TV e nos jornais.
Inculto mas feliz? Vs Culto e deprimido?
Façam um canal “24h de coisas boas” que eu vejo e pago.