segunda-feira, 26 de maio de 2008

A Visão



Foi num jantar de amigos, este Sábado, que tudo começou a fazer sentido na minha mente, naturalmente após algumas imperiais e copos de sangria. Começo a achar cada vez mais que o álcool está para o meu cérebro como o óleo para um motor, é preciso ser lubrificado de vez em quando. O tema de conversa era possíveis negócios que nos podiam levar a enriquecer. Uns falavam em empresas de armações de ferro, outros em sociedades de restauração, outros em empresas de limpeza….enfim, mais do mesmo, até que uma molécula de álcool deve ter atingido em cheio um dos meus muitos neurónios e o pensamento começou a fluir como se de um rio se tratasse, sem qualquer tronco ou barragem para o deter.

Portugal precisa urgentemente de algo fantástico, algo que garanta a curto prazo o enriquecimento da população, o crescimento da indústria, o crescimento do investimento, a melhoria da qualidade de vida, descida dos impostos sobre bens essenciais, algo que faça as pessoas voltar a acreditar nelas próprias e a acreditar que com o seu trabalho vão certamente mudar a sua vida e a do país. À primeira vista, tal feito só parece possível se realmente descobrirem grandes jazigos de petróleo na nossa costa, ou algo semelhante fruto da sorte e do acaso. A minha visão é algo bem mais determinista e “fazível” do que descobrir petróleo. É algo que voltaria a por Portugal como uma referência de sucesso e perspicácia, em termos Mundiais.

É certo e sabido que se consomem drogas leves em Portugal. É certo e sabido que grande parte dos jovens consome ou já experimentou tais substâncias tal como é certo e sabido que no ultramar tivemos muitos militares que consumiram coisas semelhantes nas nossas antigas colónias. Deste modo há que admitir, as drogas leves existem, cada vez mais as pessoas as consomem e o combate ao consumo, tráfico e prevenção das mesmas é insuficiente e ineficaz.

Após uma propaganda intensiva com intenção de sensibilizar as pessoas para a necessidade de dar um novo rumo ao país, que deste modo vamos andar em altos e baixos, com altos cada vez menos altos e baixos cada vez mais baixos e promessas políticas irreais, seriam criadas as condições logísticas e administrativas para uma nova indústria, a das drogas leves, em forma de língua de gato.

Para quem lhe está a parecer absurda esta ideia, peço que leia só mais um pouco, e se continuar a achar o mesmo que apague este blog dos seus favoritos. A ideia geral seria produzir drogas leves e ter como imagem de marca a qualidade da mesma. A qualidade seria obtida pela qualidade dos solos e do clima dos nossos territórios mais interiores. O que daria um impulso à nossa agricultura e em simultâneo ao interior do país. Após processos de controlo de qualidade e distribuição com ajuda do desenvolvimento de software e melhoria da rede de acesso às grandes cidades do litoral, a droga chegaria às pessoas de todo o mundo que viriam de propósito ou de passagem, experimentar algo de verdadeira qualidade em sítios apropriados. Os cofres do estado encher-se-iam de impostos provenientes deste produto, libertando os “nativos” dos encargos pesadíssimos que têm hoje e a entrada de produtos semelhantes mas ilegais seriam arduamente combatidos, até porque passava a haver interesse do estado e dos privados que estes produtos se mantivessem fora da nação. Com a existência apenas de produtos legais e em sítios apropriados, o consumo seria apenas destinado aos maiores de idade, tendo estes já suficiente maturidade aos 18 anos se querem seguir uma vida de drogaditos ou não.

Parece um modelo em algumas coisas semelhantes ao Holandês, mas com algumas modificações e com uma clara intenção de mostrar ao mundo que vendemos droga de qualidade, de uma forma controlada e madura. Temos que aproveitar enquanto os restantes países mantêm este produto na ilegalidade e fecham os olhos ao seu crescente consumo e tornar-nos num país acolhedor de todos os que querem consumir estas substâncias de uma forma controlada e com qualidade reconhecida mundialmente. Não nos podemos esquecer que somos a porta da Europa, todo o turista que entraria na Europa teria como paragem obrigatória o nosso país.

Aqui está a minha contribuição patriótica, agora cabe aos governantes e aos portugueses perderem o preconceito e aceitarem a realidade, se querem sair desta fossa em que o país se encontra e criarem as condições necessárias à prosperidade desta cadeia de negócios.

A nova língua de gatoo passaria a ser uma imagem de marca e qualidade, tal como o vinho do Porto, reconhecida mundialmente.

1 comentário:

FR disse...

a ideia é boa mas... "lingua de gato"?
acho um branding mt mau... mas tirando isso, caso houvesse enquadramento legal, era capaz de largar o meu actual emprego de sonho(ou será pesadelo?) para enriquecer a vender esse pequeno prazer... :)